06/01/2012

Diário de Bordo - dia 02 | Santo Tomé a Paraná / Santa Fé

Neste segundo dia de viagem, o objetivo era chegar a Paraná (Província de Entre-Rios) ou Santa Fé (Província de Santa Fé); são duas cidades separadas apenas pelo Rio Paraná, cujo túnel sub-fluvial é um orgulho da engenharia argentina.

O caminho começou tranquilo, com as retas infinitas da RN 14 e pouco movimento (abaixo).


Mas a tranquilidade acabou quando pegamos a RN 127, que leva a Paraná. Uma placa avisou: obras nos próximos 30Km - velocidade máxima 40Km.
Dei risada, levando em conta que vinha fazendo uma média de 110 Km / hora.
Mas a estrada está péssima e realmente tivemos que reduzir pra 40 e às vezes ainda menos. Foram 30 km torturantes, que demoraram uma eternidade para passar.

Não recomendo a 127 para ninguém; depois das obras, retas infinitas no meio do nada; mesmo os raros postos YPF (mais estruturados) tem serviços muitos ruins. O primeiro que parei não conseguimos comprar nenhum lanche decente para comer e na hora de abastecer: não tem gasolina, só diesel. (sem comentários).
O próximo posto, a 30 km de distância, também era YPF; tinha gasolina (!) mas, apesar do aviso no totem de entrada, não aceita "tarjetas" (cartões).

Ainda passamos por um posto de fiscalização fito-sanitária em Yapeyu, onde se paga $3,00 pesos de taxa e faz uma "dedetização" na parte externa do carro.

E, claro, tivemos nosso primeiro encontro com a famosa Policia Caminera de Corrientes. Para minha surpresa, fui abordado com um "Hola, Brasil!"; e o policial não solicitou a Carta Verde; não quis ver se eu tinha 2 triângulos no carro e o cambão. Documento do carro? Habilitação? Nada! Apenas me apresentou o Atlas das rodovias argentinas e pediu, muito gentilmente, que eu adquirisse a publicação para colaborar com o trabalho deles e a redução de acidentes. Sou radicalmente contra qualquer tipo de corrupção, mas o Atlas com mapas de todas as províncias me interessou. Tinha o preço, $30,00 (=R$15,00) impresso na frente e comprei.

Próximo das 15:00 chegamos a Paraná; tínhamos a opção de atravessar o túnel e dormir em Santa-Fé; mas gostamos do hotel bem na frente da Praça de Mayo e as lojinhas e o calçadão convenceram a Hanna a ficar! Ainda farei uma postagem sobre a cidade, com fotos, mas já adianto: quando sabiam que éramos brasileiros todos perguntavam espantados: "O que fazem aqui?"
Amanhã as coisas mudam; o destino é Córdoba, a segunda maior cidade argentina! Dale!

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