10/01/2012

Diário de Bordo - dia 06 | Aconcágua e Cordilheira


A paisagem cada vez mais seca, com montanhas de rochas impressionantes, nos lembram a todo momentos que estamos numa região de clima desértico.

Os picos nevados, em pleno verão, reforçam a grandiosidade daquele paredão que compõe a paisagem oeste de Mendoza. Subir a Cordilheira é uma experiência incrível, com inúmeros pontos de interesse a cada curva.

O primeiro ponto de parada é Uspallata, um vale que parece um oásis, com muito verde e diversas atrações: rafting, cavalgadas, trekking e várias atividades para quem deseja explorar a região cordilheirana.

Depois, a Estação de ski de Penitentes oferece diversão o ano todo. Sem pistas nevadas em janeiro, o passeio de teleférico é sensacional; com muito vento sobe-se não para esquiar, mas para curtir um visual maravilhoso.

Ainda em Penitentes, uma boa opção para comer: Hostel e Refugio Aconcágua. Comida muito boa e atendimento de primeira no alto da travessia entre Argentina e Chile.

O próximo ponto é o Cemitério do Andinista, onde são enterrados aqueles que sucumbem às adversidades da maior montanha das Américas e maior do mundo fora da Ásia. Este é um ponto quase esquecido pela maior parte das excursões tradicionais, mas é marcante. Ver as botas e histórias de tantos homens que perderam a vida tentando chegar ao topo das Américas é emocionante.

Depois, a Puente del Inca apresenta muita história, no caminho percorrido pelos incas na região e uma ponte natural sobre o Rio Mendoza. Além disso, uma feirinha oferece diversos souvenirs para os turistas.

Mais alguns quilômetros à frente e chegamos ao Parque Aconcágua. A visão do Cerro Aconcágua é impressionante. Não existem palavras para descrever a sensação de entrar do parque, adquirir seu ingresso e caminhar em direção àquela montanha. Olhar a "sentinela de pedra" e deixar cair algumas lágrimas é natural (não é Hanna?).


No caminho, vimos alguns grupos de andinistas iniciando a escalada até o cume. A primeira noite é feita no acampamento Confluência, mais à frente da Laguna Horcones, até onde fomos.

Antes da fronteira com o Chile, o último ponto é o Cerro Cristo Redentor. Para chegar lá, é preciso pegar a antiga Ruta 7, que levava ao Chile antes da construção do moderno túnel que hoje liga os dois países.

A subida é um desafio compensado pela paisagem de tirar o fôlego. Antes de subir, vários avisos sobre os perigos da estrada, que tem muitas curvas fechadas, é de rípio, muito estreita e sobe até mais de 4.000 metros de altitude!!

Lá no topo está a divisa entre Argentina e Chile e o monumento que celebra a amizade entre os dois países. A 4.000 metros já são sentidos os efeitos da altitude. Além disso, o vento é impressionante. Assim que estacionamos e desligamos o carro, sentíamos o movimento e barulho do vento. Alí quase não dá para conversar, nem ficar muito tempo.

Às 16:00 horas a temperatura estava 03 graus!! Para tirar as fotos, o vento quase congelava as mãos e a câmera parecia querer sair voando. Segundo Alejandro, do exército argentino, que está na guarda naquele posto a temperatura nesta mesma noite deve chegar até -10 graus!!

O fato é que não há como descrever estes lugares com palavras. Algumas imagens ajudam a compreender um pouco destas paisagens tão espetaculares.

Amanhã, dia 11/01/12, a Expedição segue rumo a Santiago, no Chile. Dale!


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