19/01/2012

Diário de Bordo - dia 13 | De Rosario a São Borja

Décimo terceiro dia de viagem foi dedicado exclusivamente à rota de volta pra casa. Rosario é a terceira cidade argentina em número de habitantes, depois de Buenos Aires e Córdoba, com aproximadamente 1 milhão de pessoas.

Hotel Holiday Inn Express Rosario, Argentina.

É uma cidade com ares de metrópole e não de interior, apesar de nem ser capital de Província (Santa Fé). Está ligada aos principais pontos do país por grandes Autovias, como a "Córdoba-Rosario", pela qual chegamos, pela Autovia "Rosario-Santa Fé" e pela "Rosario-Buenos Aires".

Para sair no sentido norte-nordeste, rumo ao Brasil, a melhor opção é seguir à cidade de Victoria, através de uma rodovia nova, um dos orgulhos da engenharia argentina. Os 60 km entre as cidades são tomados pelo Rio Paraná e seus afluentes, numa região parecida com um grande "banhado".
Através de um complexo de pontes e terraplanagens, as duas cidades foram ligadas através da "Puente Rosario-Victoria", inaugurada em 2003.


Dados técnicos dessa incrível obra:
  • Longitud total: 59,4 km
  • Puentes: 12,282 km
  • Terraplenes: 47,149 km
  • Longitud de puentes
    • Puente principal: 608 m
    • Viaducto acceso oeste (lado Rosario): 1.122 m
    • Viaducto acceso este (lado Victoria): 2.368 m
    • Puentes en zona de islas: 8184 m, incluyendo seis cursos navegables
  • Terraplenes de 47,149 km, por refulado

Dirigir 60 km sobre rios, numa área de preservação do Rio Paraná foi uma experiência incrível, mas ao mesmo tempo um pouco preocupante. Não existe posto de gasolina, nem qualquer tipo de serviço. Nem casas, nem nada! Cheguei a marcar: a cada 5 ou 6 km existe um poste de SOS para emergências; graças a Deus não precisamos!

A partir de Rosario, seguindo por Victoria, existem várias opções para seguir até Paso de Los Libres, mas são estradas pouco conhecidas, mesmo para argentinos; no hotel e postos ninguém sabe dizer qual a melhor opção, nem estado das estradas.

Então, para ajudar quem pretende rodar por esta região, compartilhamos detalhes deste roteiro: Depois de Victoria seguimos para Nogoyá, pela Ruta Provincial RP 26; em Nogoyá pela Ruta RP 39 até o "empalme" com a Ruta 6 sentido Villaguay até a Ruta Nacional RN 18. Pegando a RN 18, viramos à direita e rodamos direto até "agarrar" a famosa RN 14.

Neste trecho, as estradas são boas, com imperfeições no asfalto, pouco movimento e quase nenhum serviço. Rodar sempre com tanque acima da metade e completar onde encontrar posto de combustível (com pesos; impossível encontrar algum posto que aceite cartão nesta região).
Chegando à RN 14 (importante corredor do Mercosul) as coisas não melhoram. A RN 14 está em obras de duplicação e até Paso de los Libres está horrível (início de 2012) e deve permanecer assim por um bom tempo, levando em conta o ritmo (quase parado) das obras. Atenção e paciência neste trecho!


Depois de Paso de los Libres / Uruguaiana continuamos reto sentido Santo Tomé / São Borja (quase 200 km). A aduana em Uruguaiana é muito movimentada e desorganizada, especialmente em janeiro, com muitos argentinos entrando no Brasil rumo às praias de Santa Catarina.
Em Santo Tomé as coisas são mais organizadas e tranquilas. A RN 14 neste trecho está ótima e é fácil fazer média de 110 km/h em todo o percurso. Ou seja, entrando nesta aduana roda-se mais com gasolina argentina mais barata, em estrada melhor, com pouco movimento e trâmite mais tranquilo; muito mais prós do que contras. Na vinda fizemos o mesmo e vale à pena!

Chegamos no final da tarde, atravessamos a aduana sem problemas (direto nas cabines), rápida e cordial revista no porta-malas pela Polícia Federal brasileira e pronto: de volta ao Brasil, via São Borja. Ficamos no Hotel Al-Manara, com direito a um ótimo filé gaúcho com arroz, salada e batata-frita! (a Hanna ainda pediu uma porção de feijão para matar a saudade). Descansar para, no dia seguinte, voltar para Curitiba!

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